
A MENINA RUIVA
- Daiane Batalini
- 27 de mai. de 2020
- 2 min de leitura
A menina tinha a pele branca e fria, seus olhos castanhos refletiam a luz do dia, ela gostava de usar roupas simples e uma bolsa vermelha que combinava com seus longos cabelos cor do entardecer, os fios ruivos eram cacheados e em volta do rosto formava um tipo de personalidade que só ela possuía. Ela era inteligente, gostava de ler livros e seus preferidos eram de “Clarice Lispector e Machado de Assis”. Lá ia ela com sua rotina da escola para a casa e de casa para a escola. Um dia se apaixonou, mas nunca de lado sua única amiga deixou, a paixão era confusa e os dois apenas sabiam que se gostavam, ela dizia para sua única amiga — que ser adolescente era complicado e que se apaixonar no final não era uma boa ideia.
As duas meninas eram conectadas e as vezes pareciam apenas uma. Um certo dia a paixão da menina de cabelo cor de fogo pelo menino da escola acabou, e ela então não voltou tão cedo se apaixonar por alguém, sua decepção causou um coração duro e frio para o amor.
No entanto, seguiu com seus planos mais firmemente, ela queria ser alguém na vida, no qual daria orgulho para sua mãe e uma garantia de sustento em sua casa.
Com isso, após um coração partido e desacreditar no amor, a menina ruiva se dedicou aos seus objetivos e decidiu que viver pela razão seria a solução de seus problemas, assim fez e esqueceu o que era ter seu coração conectado.
Então, a menina se foi, sem perdoar ou pedir perdão, lá se foi descendo a rua inclinada com sua pele branca e fria, com seus cabelos encaracolados que não dava para distinguir o ruivo com o sol do entardecer, que logo ia sumindo pelo relevo que havia um pouco longe do final da rua.
Ela se foi e nunca mais voltou.







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